Beda #20: Fire Meet Gasoline (+18)

Fonte: Tumblr Jamie & Claire from the Outlander series 
   São mais ou menos seis e quinze da tarde, estou sozinha em casa e me arrumando para sair com meu melhor amigo quando o interfone toca:



― Sim?

― É. . . Boa tarde, o Guilherme está aqui.

Droga, ele chegou mais cedo.

― Pode mandar subir, obrigada.

   Ainda estou enrolada na toalha, preciso colocar rápido uma roupa para poder receber ele e... Droga de novo! Estou sozinha em casa (basicamente por uma semana!).

A campainha toca, enrolo a toalha no cabelo molhado e vou atender (de pijama).

― Oi, atrasada!

― Oi, adiantado!

  E... uau! Pra quem está adiantado, está até lindo. Sinto de longe aquele cheiro maravilhoso de Malbec, ele está numa calça jeans azul escuro que marca bem suas coxas grossas e destaca sua bunda ― que é bem grande por sinal ―, uma camisa branca de manga curta e o cabelo escuro arrumado num leve topete com gel.

Dou um passo para o lado e ele entra, fecho a porta e peço para ele esperar mais uns dez minutos para que eu possa terminar de me arrumar. Quando deixo a sala, ele está observando a mudança de cores do pôr-do-sol recém chegado e eu vou para meu quarto.

Agora sim vou colocar a roupa que realmente vou sair: uma saia. Preta, com renda bordada na barra que acaba na altura do joelho. Uma blusinha aberta nas costas, branca e uma sapatilha confortável para fechar o visual.
Silêncio predomina a casa, o único barulho que escuto é dos meus sapatos conforme ando pelo quarto. Falta somente colocar o sutiã e a blusinha, pentear meu cabelo e então já estou pronta para sair.

A porta do quarto não está totalmente fechada nem totalmente aberta, de onde estou consigo ver quem passa no corredor pelo espelho mas quem está no corredor não consegue me ver. Tiro minha camiseta do pijama para colocar o restante da roupa que falta.

Fico de costas para o espelho na tentativa de amarrar a blusa sozinha, mas não consigo. Caminho até a porta enquanto estou tentando (mais uma vez) amarrar minha roupa, sinto uma brisa leve e gelada nas minhas costas. Sem que eu percebesse, Gui abriu a porta da sacada e está lá fora. Chamo-o, ele se vira em minha direção e fica imóvel. Peço para que ele me ajude a amarrar a blusinha. Sua mão quente toca minha pele gelada e sinto algo como uma explosão por dentro.

Minha pele arrepia. Não sei o que pensar, não sei o que sentir, não sei o que fazer. Eu viro e fico de frente para ele, seus olhos brilham intensamente na pouca claridade da sala. Ninguém fala nada, apenas nos olhamos.

Fixamente. Olho no olho. O tempo para, o ar congela, mas o clima esquenta. Ele dá um passo mais perto, me puxa pela cintura com uma das mãos e, com a outra, desamarra minha blusa.

Acaricia minha pele até o fecho do meu sutiã. Mas, antes de abri-lo, ele fecha a porta de vidro com o pé. Tira meu sutiã e passa os dedos pelos meus seios, apenas fecho os olhos e me permito sentir seu toque. Sua mão grande e quente contra minha pele me entorpece, ele me coloca contra a parede e me beija. Um beijo selvagem, cheio de desejo.

De verdade, eu não sei o que está acontecendo, mas eu me entrego a cada movimento dele.
Às vezes eu imaginava como seria ficar com ele, mas nunca pensei que isso aconteceria mesmo. Sempre gostamos desse jogo de provocar um ao outro mas não imaginei que acabaríamos na cama (ou no sofá).

Ele me guia até o quarto e não para de me beijar; me joga na cama enquanto tiro sua camisa. Tiro meus sapatos, com os pés mesmo. Ele tira minha saia. Eu desato os botões da sua calça.
Estamos nus; por cima de mim, ele observa meu corpo, admirado. Corpo a corpo, aos pouco o clima fica mais intenso.
Sua mão passeia pelo meu corpo e ele volta a me beijar. A essa altura já sei o que vai acontecer. Os hormônios na velocidade da luz, costas arquejando, respiração cortada, dois amantes perdidos um no outro. Se descobrindo um no outro, suor nos faz ficar mais grudados, ele puxa meus cabelos.

― Por favor. . . ― eu sussurro em seu ouvido.

Percebo quando ele se levanta, procura sua calça e pega a camisinha. Mantenho os olhos fechados, já não sei o que fazer mesmo...

Ele vai até a minha orelha e num sussurro pergunta:
― Você quer mesmo?
Não sei de onde surgiu voz para responder, mas em um sussurro também, respondo:
― Quero.

Ainda ao pé do meu ouvido, ele diz:
― Você já sabe o que vai acontecer, então vamos lá.

Sinto quando ele me penetra. Dói, mas logo essa dor dá lugar a uma coisa diferente, a uma coisa louca! Ele acelera o ritmo, estamos loucos de prazer, gemidos altos de nós dois, ele se movimenta sobre mim e utiliza as mãos para me dar prazer enquanto se deleita em meu corpo.

Como quando o Fogo Encontra Gasolina em um incêndio, explodimos. Atingindo o ponto máximo da nossa aventura, ele cai ao meu lado, ofegante.

Ficamos em silêncio por um tempo. Não tenho o que dizer sobre o que acabou de acontecer. Ele passa o braço por mim e eu apoio minha cabeça no seu peito; ele acaricia meus cabelos bagunçados enquanto retoma o fôlego.

― Nunca me senti assim ― ele diz.

Eu sei do que ele está falando, me aninho mais ainda no seu calor e respondo:

― Sabe... eu sempre imaginei como seria ficar com você. Mas não imaginava como era ir pra cama com você.

― Eu também imaginava isso, mas não imaginava como você era tão bonita de corpo com essas roupas largas que você costuma usar.

Sinto minhas bochechas corarem. As roupas largas são justamente por isso (e acho que funcionam, afinal).

Procuro meu celular, não está no criado mudo. Levanto e o procuro pela bagunça de roupas no chão e são 19:30.

― Droga, Guilherme! A gente perdeu a reserva da mesa no restaurante!

― Ah, mas aposto que valeu a pena, não valeu?

Ele me olha com cara de safado. Realmente, valeu a pena. Ele levanta, veste sua cueca e sua calça. Encontro minha calcinha, meu sutiã e coloco sua camisa.

― Na geladeira tem sorvete!

Terminamos a noite comendo sorvete e fazendo maratona de filmes embaixo da coberta (já que ele iria dormir aqui em casa depois do jantar mesmo).

🐧

Sia - Fire Meet Gasoline 

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