Beda #11: Resenha Livro Illuminae
E aí, gente bonita? Hoje tem mais uma resenha minha, dessa vez de um dos melhores ― talvez o melhor ― livros que li esse ano.
Illuminae foi, sem sombra de dúvida, o livro mais legal que eu já li. Eu sabia que ele ia ser bom antes de sequer ler a sinopse, mas não estava preparada para ficar grudada nele até as 4 da manhã com aula no dia seguinte, pensar no plot a cada segundo, chorar até soluçar, querer ser tão legal quanto a Kady, ficar com medo de verdade em algumas partes e gritar de rir quando percebi que os autores mataram a Laini Taylor.
Laini Taylor é autora da série "Feita de fumaça e osso", outra série que eu amo! Amie e Jay ou devem gostar muito dela ou devem querer ver a mulher pelas costas, haha |
Illuminae foi um livro que comprei pela capa (e pelo formato, mas já vou falar sobre isso mais adiante). Na verdade, eu primeiro comprei Gemina, o segundo na trilogia Illuminae Files, não resisti quando vi aquele livro gigante e lindo empoeirado numa prateleira da livraria. Cheguei em casa, pesquisei mais sobre e imediatamente pedi o primeiro livro da trilogia na Amazon.
O livro foi escrito por dois autores, Amie Kaufman e Jay Kristoff, em um formato que eu nunca vi antes. Estou acostumada com livros epistolares, sejam eles compostos por cartas, e-mails ou mesmo mensagens instantâneas, mas nunca tinha lido um livro escrito como se fosse um dossiê (daí o nome da trilogia). Esse dossiê é composto por documentos, memorandos, registros médicos, páginas de sites da internet, fotos, plantas, diários, e-mails, chats etc. E preciso dizer: mesmo a história tendo um enredo muito bem planejado e viciante, o livro teria perdido metade da graça se não fosse a forma com que ele foi escrito.
A história se passa no ano de 2575 e começa quando uma megacorporação chamada BeiTech Industries invade um pequeno planeta chamado Kerenza IV. Com essa invasão, a BeiTech começa uma guerra intergaláctica contra outras corporações menores e contra a UTA (United Terran Authority). Uma nave da UTA atende ao chamado de socorro do planeta e consegue resgatar milhares de pessoas.
Kady Grant é uma adolescente que mora nesse planeta e, na manhã antes do ataque, termina com seu namorado, Ezra Mason (amamos a Kady, mas isso não quer dizer que ela não faça umas burradas de vez em quando), sem saber que seu planeta ― e quase todo mundo nele ― ia acabar, literalmente, indo para o espaço. Kady e Ezra são resgatados, mas acabam em naves diferentes.
Como se não bastasse explodir Kerenza, uma das naves da BeiTech começa a perseguir os refugiados que, além de toda a desgraça que já precisaram suportar, ainda precisam se preocupar com um vírus à lá Resident Evil e um computador com sentimentos (em geral, malignos, já que ele começa a matar todo mundo).
Além de Kady e Ezra (Kady é a garota sassy e sarcástica e Ezra é a coisa mais fofa do mundo), o livro conta com muitos outros personagens maravilhosos, muito bem construídos e desenvolvidos. Os autores também tiveram preocupação com representatividade, não apenas étnica, como em relação à orientação sexual, o que, hoje em dia, é basicamente um requisito para eu conseguir amar completamente uma leitura.
E como não amar uma história que mistura guerras intergalácticas, inteligências artificiais psicopatas, um vírus maligno que transforma pessoas normais em assassinos paranoicos e amantes separados pelo destino (que só conseguem se comunicar porque as habilidades de hacker de Kady podiam fazê-la conseguir um emprego fácil como espiã da CIA) (mas não acho que a CIA ainda exista em 2575)? A escrita é dinâmica, o ritmo é implacável e, em vinte páginas, você vai estar agarrado ao livro sem entender como a história se tornou tão vital para a sua vida. Tudo sobre esse livro me deixou tendo ataques de fangirl. Foi certamente uma das minhas melhores leituras do ano e, para me fazer bater ainda mais a cabeça na parede de apreensão, o final é uma bomba. Quase literalmente.
Infelizmente, Illuminae ainda não foi traduzido para o português, mas existem boatos de que ele já tem uma data de lançamento prevista no Brasil para ainda esse ano, pela editora Novo Conceito. Da minha parte, eu mal posso esperar para que o livro seja lançado aqui, para que mais pessoas entendam minha obsessão com Illuminae, já que, por enquanto, eu sou só a louca que fala sozinha sobre o quanto ama uma galerinha perdida no espaço.
Para os que já estão acostumados a ler em inglês, eu não tenho como recomendar mais esse livro. Foi muito além das minhas expectativas e eu mal posso esperar para ler o próximo.
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